blog do robson marques
domingo, 17 de junho de 2012
BB: um banco público comprometido com os brasileiros?
Compromisso com os trabalhadores e a sociedade
domingo, 9 de outubro de 2011
O quanto é o bastante?
Comentários que, inicialmente, poderiam passar como um desabafo de um cidadão comum, denotam, na verdade, uma postura elitista; a visão daqueles que se colocam acima e à parte do que consideram “o resto” da sociedade.
A argumentação, que a princípio pressupõe uma preocupação com o bem estar da coletividade, não se sustenta diante de uma leitura mais atenta. À luz da crítica, descortinam-se os preconceitos.
Com o pretensioso título de Antenado, a pequena nota, publicada por Cesar Romero em sua coluna de 04/10/2011, expõe – teoricamente– a “preocupação social” do colunista, que critica os excessos da categoria bancária no exercício de seu legítimo direito de greve. Estes excessos estariam traduzidos na quantidade de cartazes colados nas agências. Na frase que encerra sua nota, o colunista afirma que: “Como aviso, um cartaz é o bastante.” Travestida de preocupação, está a alienação.
Muito distante do universo das colunas sociais, do glamour dos flashes, o trabalhador bancário sofre com excessos muito mais relevantes do que aqueles dos quais, injustamente, foi acusado. Excesso de trabalho, nas agências lotadas de clientes e com poucos funcionários. Excesso de cobranças por metas abusivas, que geram um lucro cada vez mais excessivo para os bancos. Excesso de doenças ocupacionais, de afastamentos por depressão e outras síndromes relacionadas ao estresse. Os clientes, cidadãos comuns, tão distantes também do brilho dos holofotes, sofrem com o excesso de filas, de juros extorsivos, de tarifas escorchantes.
No entanto, a sugestão do Sr. Romero, de que apenas um cartaz bastaria, poderia ter alguma aplicabilidade. Afinal, por mais inútil que uma coisa seja, ela ainda poderá ser de alguma valia. Assim, partindo do pressuposto lançado pelo colunista, questionamos:
Se apenas UM ataque a banco bastaria para que fosse reforçada a segurança nas agências, por que foram contabilizados 838 só no primeiro semestre de 2011?
Se apenas UMA morte nestes ataques bastaria para que TODOS os bancos instalassem portas giratórias em suas unidades, porque foram contabilizadas 34 vítimas fatais nestes ataques, no mesmo período?
Se apenas UMA morte no golpe da saidinha de banco bastaria para que fossem instaladas câmeras de segurança nas calçadas das agências bancárias, por que já foram computadas 21 mortes só no primeiro semestre de 2011?
Se apenas UM suicídio bastaria para que acabassem as pressões por metas abusivas, por que, a cada vinte dias, um trabalhador bancário atenta contra a própria vida em nosso país?
Poderíamos discorrer neste texto sobre inúmeros outros dados estatísticos, que reforçariam ainda mais a propriedade das reivindicações da categoria. E embora consideremos que jamais terá sido dito o bastante, quando o assunto for dar voz aos que não conseguem ser ouvidos, ficaremos por aqui neste artigo. Nos bancos e nas ruas temos trabalho o bastante para nos ocupar. E ainda muitos cartazes para colar.
Robson Marques - Presidente do Sintraf JF
Adriana Bitarello - Diretora de Imprensa e Marketing do Sintraf JF
terça-feira, 26 de julho de 2011
Reforma Tributária, é possível?
Todos os dias, logo pela manhã, somos bombardeados por praticamente todos os telejornais das principais emissoras de TV. Os “comentaristas econômicos”, fazem duras críticas aos altos impostos que vêm sendo praticados contra as empresas brasileiras, principalmente, quanto aos encargos salariais. Para ser mais direto, o salário pago hoje aos trabalhadores é considerado muito alto na visão dos patrões.
Bem, num país democrático como o nosso (democracia conquistada à custa de muito sangue), temos o direito de pensar e muito raramente expressamos estes pensamentos na mídia (quando assim permitem). É por este e outro motivo que sou a favor da regulamentação da mídia brasileira, mas não vou falar disso agora. Ao ler uma interessante reportagem sobre como se dá as relações trabalhistas na China de hoje, na Revista Brasil do mês de maio pag. 18-23, intitulada O Mito Chinês, pude observar ali um fato, que deve ser refletido por todos nós brasileiros, conscientes do nosso papel.
Como deveria ser a tão debatida reforma tributária brasileira?
Segundo a revista, aquele país continua sendo o país mais populoso do mundo, onde nos últimos sessenta anos a população economicamente ativa se manteve próxima dos 60% da população total, representando cerca de 830 milhões de trabalhadores, sendo aproximadamente 300 milhões de trabalhadores agrícolas.
Com a migração do interior para as grandes cidades, o povo chinês vem se moldando assim como os trabalhadores dos países capitalistas, onde eles largam a terra onde viviam da subsistência e arriscam sua sorte nas cidades, a fim de melhorar de vida. Esses trabalhadores hoje são um total de 200 milhões.
Com a abertura do mercado interno para os demais países do mundo, várias empresas estrangeiras foram para a China com o simples propósito de explorar a mão de obra abundante e barata, além de desejarem a matéria prima com pouquíssimo valor agregado, logo qualquer um é induzido a acreditar que lá o trabalho é “escravo”. A imprensa marrom e a burguesia brasileira também pensam desta maneira, (salário baixo é o ingrediente do crescimento econômico) e da redução dos produtos acabados.
Confesso que os salários mais baixos podem sim influenciar no preço do produto acabado, mas há outro fator que é de suma importância para a matemática do preço final de cada produto. Como falado anteriormente, a imprensa e as grandes empresas brasileiras estão afoitas pela reforma tributária, mas é preciso ter critérios sociais. Vejamos o exemplo da China, embora lá os salários sejam considerados baixos (hoje em média um trabalhador braçal recebe cerca de U$125.00 – cento e vinte cinco dólares), o poder aquisitivo deste salário é de 03 e 05 vezes maior que o salário mínimo no Brasil, é como se o nosso salário mínimo fosse de R$ 1635,00 a R$ 2725,00 nos dias atuais.
O que de fato acontece lá? Muito simples, os produtos de consumo final essenciais para a sobrevivência, sofrem uma pequena taxa de imposto.
Então chegamos onde eu queria. Pergunto agora para você, trabalhador, qual reforma tributária que o Brasil precisa? Reforma tributária para a redução do PIS e COFINS das grandes empresas, como os “comentaristas econômicos” do PIG (Partido da Imprensa Golpista) tanto falam, onde os únicos beneficiados são os donos do capital?
Não. A reforma tributária que o povo brasileiro deseja e precisa passa pelo aumento dos impostos sobre as grandes empresas e das grandes fortunas, pois, bem sabemos que boa parte dos trabalhadores são empregados das micro, pequenas e médias empresas.
Precisamos mandar um forte recado aos parlamentares que foram eleitos pelo o povo. Taxem os donos do capital e desonerem o trabalhador para que este continue a fazer este Brasil crescer.
O movimento Sindical Cutista defende a reforma onde as mercadorias de consumo sejam desoneradas, para que o custo de vida sofra uma considerável redução e o poder de compra dos trabalhadores aumente, garantindo uma vida com mais qualidade.
Isto para nós está muito claro, o que precisamos não é o que a Imprensa Burguesa tanto defende. Queremos justiça tributária, onde quem tem muito paga para aquele que tem pouco.
Este é o Brasil dos nossos sonhos! Lutaremos para um dia conquistá-lo!
*Robson Marques é presidente do Sintraf JF.
Guerreiras de ontem, hoje e sempre
Há 154 anos na cidade de nova Iorque, nos Estados Unidos da América 129 operárias lutaram bravamente por ampliação de seus direitos, porém com sua rispidez característica a policia entrou em ação e como resultado todas foram queimadas covardemente dentro de seu local de trabalho. Entre suas reivindicações estavam a redução da carga horária de 14 para 10 horas diárias de trabalho e também o direito à licença-maternidade.
Esta data é mais que comemorativa, representa um marco histórico onde estas bravas mulheres deram uma lição de moral em toda a sociedade, lutaram até perderem suas vidas em defesa de seus direitos, mas fizeram história e não perderam a dignidade e são lembradas até hoje.
O dia 8 de março serve também para refletirmos o quanto ainda é preciso avançar na defesa dos direitos das mulheres, já que muitas ainda são mortas graças ao machismo impregnado na maioria da sociedade.
Recentemente foi sancionada pelo ex-presidente Lula uma lei conhecida como “Lei Maria da Penha” onde o agressor é punido severamente quanto pratica ação de violência contra a mulher, mas ainda é preciso uma conscientização da sociedade para que o respeito e a valorização do ser mulher seja pleno.
No fim do século dezenove, na Inglaterra, as mulheres ainda eram consideradas “seres” para exercer a função de fêmeas, onde o embelezamento e o cuidado com a família eram suas principais funções, hoje no Brasil temos a primeira mulher assumido o cargo de Presidenta, demonstrando que são capazes e dignas de assumirem posição de destaque aqui e no mundo.
Em nosso local de trabalho ainda se faz necessário muitas batalhas para que as mulheres possam alcançar um lugar de destaque. Nossa ultima campanha salarial onde o tema “Outro banco é preciso com pessoas em primeiro lugar” mandou um recado direto aos “donos do capital” que a Contraf/Cut, Sintraf/JF e seus outros sindicados filiados defendem a questão da inclusão social o respeito as adversidades e a valorização das mulheres em seu local de trabalho.
O caminho pelo reconhecimento, a busca de respeito à sua dignidade pessoal, social e profissional não é e nunca foi fácil, porém é preciso percorrê-lo. E nós do Sintraf-JF estamos dispostos a cumprir este desafio, em benefício de cada uma de vocês: mulheres guerreiras de ontem, hoje e sempre.
sábado, 5 de março de 2011
Olha eu aqui outra vez....
Meus amigos e amigas, há algum tempo não escrevia neste blog. Confesso a vocês que deixei um pouco de lado, não que eu desejasse, mas nos últimos meses assumir alguns compromissos que tomaram um certo tempo. Apesar de não ter publicado nada aqui eu escrevi para outros meios de comunicação. Aos poucos estarei compartilhando com vocês minhas opiniões e meus artigos.
Até breve - Robson Marques
Por que lutar
No final de setembro, milhões de pessoas foram as ruas na Europa para protestar contra medidas restritivas impostas pela União Européia, que reduziram direitos trabalhistas e previdenciários. Segundo os sindicatos europeus, a sociedade não pode pagar pelos erros dos banqueiros que causaram a crise de 2008.
No Brasil, as greves e mobilizações eram comuns, sobretudo na primeira parte do século passado. Através delas conquistamos direitos sagrados como salário mínimo, o décimo terceiro, férias remuneradas, previdência social e todos os outros que hoje fazem parte da nossa estrutura legal. Estes “direitos” só foram possíveis por causa de pessoas que dedicaram sua vida pela causa do trabalhador, como o nosso querido Clodsmith Riani.
Atualmente, poucas categorias praticam uma luta nacional e unificada como a categoria bancária. Entregamos nossa pauta de reivindicações em agosto, onde reivindicamos um melhor contrato de trabalho e um sistema financeiro mais justo e regulamentado. Até hoje só foi proposta a reposição da inflação, e por isso entramos em greve.
A maioria das negociações salariais de 2010 garantiu ganho real de até 5%, por isso consideramos que tal proposta é insuficiente. Também reivindicamos a ampliação do horário de funcionamento das agências com a contratação de mais funcionários, a redução dos juros e tarifas através da regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, mais segurança nas agências e o fim do assédio moral sobre os bancários. Nossa greve é consequência da indiferença dos banqueiros. Infelizmente, este é o único instrumento capaz de levá-los novamente a negociação.
A greve dos bancários não é apenas um simples movimento operário reivindicatório. Ela sinaliza para a população que é preciso lutar. Estamos diante de sérias ameaças, como a reforma na previdência, a reforma trabalhista e os constantes ataques aos aposentados. Para enfrentar estes e outros desafios impostos pelos governantes e pelo capital, defendemos que é necessária uma luta coletiva, independente, e a serviço do povo. Como diria Emilliano Zapata: “É melhor morrer de pé, do que viver de joelhos”.
Por Robson Marques
Guerreiras de ontem, hoje e sempre
Há 154 anos na cidade de nova Iorque, nos Estados Unidos da América 129 operárias lutaram bravamente por ampliação de seus direitos, porém com sua rispidez característica a policia entrou em ação e como resultado todas foram queimadas covardemente dentro de seu local de trabalho. Entre suas reivindicações estavam a redução da carga horária de 14 para 10 horas diárias de trabalho e também o direito à licença-maternidade.
Esta data é mais que comemorativa, representa um marco histórico onde estas bravas mulheres deram uma lição de moral em toda a sociedade, lutaram até perderem suas vidas em defesa de seus direitos, mas fizeram história e não perderam a dignidade e são lembradas até hoje.
O dia 8 de março serve também para refletirmos o quanto ainda é preciso avançar na defesa dos direitos das mulheres, já que muitas ainda são mortas graças ao machismo impregnado na maioria da sociedade.
Recentemente foi sancionada pelo ex-presidente Lula uma lei conhecida como “Lei Maria da Penha” onde o agressor é punido severamente quanto pratica ação de violência contra a mulher, mas ainda é preciso uma conscientização da sociedade para que o respeito e a valorização do ser mulher seja pleno.
No fim do século dezenove, na Inglaterra, as mulheres ainda eram consideradas “seres” para exercer a função de fêmeas, onde o embelezamento e o cuidado com a família eram suas principais funções, hoje no Brasil temos a primeira mulher assumido o cargo de Presidenta, demonstrando que são capazes e dignas de assumirem posição de destaque aqui e no mundo.
Em nosso local de trabalho ainda se faz necessário muitas batalhas para que as mulheres possam alcançar um lugar de destaque. Nossa ultima campanha salarial onde o tema “Outro banco é preciso com pessoas em primeiro lugar” mandou um recado direto aos “donos do capital” que a Contraf/Cut, Sintraf/JF e seus outros sindicados filiados defendem a questão da inclusão social o respeito as adversidades e a valorização das mulheres em seu local de trabalho.
O caminho pelo reconhecimento, a busca de respeito à sua dignidade pessoal, social e profissional não é e nunca foi fácil, porém é preciso percorrê-lo. E nós do Sintraf-JF estamos dispostos a cumprir este desafio, em benefício de cada uma de vocês: mulheres guerreiras de ontem, hoje e sempre.
Por Robson Marques
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
D, Paulo Adverte contra modelo neoliberal
D. Paulo adverte contra modelo neoliberal
No lançamento da Campanha da Fraternidade, cardeal convoca entidades para pressionarem a favor dos excluídos no Brasil
JOSÉ MARIA MAYRINK
SÃO PAULO _ O cardeal-arcebispo de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns, afirmou que o governo deve resistir à tentação de implantar o modelo neoliberal, para não agravar ainda mais a ´´vergonhosa“ situação dos 32 milhões de brasileiros que, segundo dados oficiais, vivem na indigência. ´´O número de excluídos não vai diminuir enquanto o capital se concentrar nas mãos de poucas pessoas“, advertiu o cardeal, ao falar da exclusão dos marginalizados, tema da Campanha da Fraternidade lançada ontem pela igreja.
Convencido de que o Brasil adotará o neoliberalismo se não houver uma imediata reação da sociedade, D.Paulo disse que as entidades não-governamentais devem fazer pressão para impedir que isso ocorra. ´´Por enquanto, o país não está no caminho certo, mas pode corrigir o rumo“, observou o cardeal, depois de interpretar como uma manifestação da tendência neoliberal ´´o fato de o trabalhador ter de viver com um salário mínimo de R$ 70, enquanto aqueles que têm cargos e influência tiveram aumentos de mais de 100%“.
A correção da rota, segundo D.Paulo, está nas mãos dos governantes. ´´Tenho confiança absoluta nessas pessoas, especialmente nesse homem com quem trabalhei mais de 15 anos em São Paulo e que agora governa o Brasil“, afirmou o cardeal, referindo-se ao presidente Fernando Henrique Cardoso. ´´Espero que, pouco a pouco, o Brasil seja de todos os brasileiros“, acrescentou ele, com a ressalva de que a aplicação da justiça social ´´não depende só do governo, mas também dos responsáveis pela produção e pela comercialização dos bens“.
O cardeal de São Paulo criticou a proposta do ministro José Serra de cobrar impostos de igrejas e instituições religiosas. ´´O ministro do Planejamento não está a par da legislação, pois não sabe que a igreja goza de isenção porque é uma entidade de direito público, como reconheceu Ruy Barbosa“, disse D.Paulo. ´´O ministro está dando um péssimo exemplo, pois com essa sugestão ele lança o povo contra o governo“, acrescentou. ´´igreja é povo, não é parede nem edifício“, argumentou o cardeal para lembrar que o dinheiro do imposto acabaria saindo dos bolsos dos fiéis.
Catador _ Depois de denunciar o agravamento da exclusão social no país, D.Paulo passou a palavra a aposentados, moradores de rua e catadores de papel para eles falarem como se sentem como excluídos. ´´Eu sou excluído porque cato papel nas calçadas e uma parte da sociedade não acha que eu faço um trabalho digno“, queixou-se o pernambucano Evandro Floriano de Oliveira, 33 anos, que mora debaixo de um viaduto. Seu colega José Amaro, presidente da Cooperativa de Papel e Material Reaproveitável, que também vive na rua, mostrou que a situação pode melhorar. ´´Para escapar dos atravessadores, a gente se organizou nessa luta que já reúne mais de 80 pessoas“, informou
terça-feira, 6 de julho de 2010
SERRA criou FAT?????
Como se sabe Serra diz que fez os genéricos e quem fez foi o grande Ministro da Saúde Jamil Haddad, do governo do corajoso presidente Itamar Franco.
Serra diz que fez o programa contra a AIDS e quem fez foi o grande Ministro da Saúde Adib Jatene.
Agora, o amigo navegante Emerson Luis descobriu que o deputado Jorge Uequed, PMDB/RS, é o verdadeiro autor do Fundo de Assistência ao Trabalhador, o FAT.
E não o Serra, como ele espalha por aí.
Os tucanos são assim.
Como não tem idéias próprias, tentam se apropriar das dos outros.
Confira o e-mail:
Olha PH. Site da Câmara dos Deputados mostra a tramitação do projeto que criou o FAT. O autor, no entanto, não é José Serra e sim o então deputado Jorge Uequed. O link está aqui: http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=185613
Observe: Ementa: DISCIPLINA A CONCESSÃO DO SEGURO-DESEMPREGO, NA FORMA QUE ESPECIFICA, E DETERMINA OUTRAS PROVIDENCIAS. _NOVA EMENTA: REGULA O PROGRAMA DO SEGURO-DESEMPREGO, O ABONO SALARIAL, INSTITUI O FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR – FAT, E DA OUTRAS PROVIDENCIAS.
Abraços, Emerson Luis
www.nasretinas.com.br
Veja o que disse sobre essa apropriação indébita o site “Amigos da Dilma”:
Serra faz propaganda enganosa usando o FAT e o Seguro Desemprego!
A campanha de José Serra (PSDB) tem batido na tecla de que foi ele o responsável pela emenda à Constituinte que propiciou a criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e que ele também teria sido o grande responsável pela criação do Seguro Desemprego. “Foi o Serra que criou o maior patrimônio dos trabalhadores brasileiros, o FAT, Fundo de Amparo ao Trabalhador. Ele criou também o Seguro desemprego”, repetiu várias vezes o locutor do programa do PSDB, levado ao ar esta semana na TV.
Ele mesmo também não se cansa de alardear aos quatro cantos. “Fui o autor da emenda à Constituição brasileira que instituiu o que veio a ser o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT”. “O Fundo, hoje, é o maior do Brasil e é patrimônio dos trabalhadores brasileiros, e financia o BNDES, a expansão das empresas, as grandes obras, os cursos de qualificação profissional, o salário dos pescadores na época do defeso”, diz. “Graças ao FAT, também, tiramos o Seguro Desemprego do papel e demos a ele a amplitude que tem hoje”, repetiu o tucano na Convenção Nacional do PTB.
Mas, a realidade dos fatos não confirma as afirmações de José Serra e nem as de sua campanha. O Seguro Desemprego não teve nada a ver com sua atuação parlamentar. Ele foi criado pelo decreto presidencial nº 2.283 de 27 de fevereiro de 1986, assinado pelo então presidente José Sarney. O seguro começou a ser pago imediatamente após a assinatura do decreto presidencial. O ex-presidente José Sarney já havia desmentido as declarações do tucano em relação ao Seguro Desemprego. “Não sei de onde ele [Serra] tirou que criou o seguro-desemprego. O seguro foi criado no meu governo. Na época, ele [Serra] era secretário de Economia e Planejamento do governador Franco Montoro”, explicou o senador.
Depois, a Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, determinou em seu art. 239, que os recursos provenientes da arrecadação das contribuições para o PIS e para o PASEP fossem destinados ao custeio do Programa do Seguro Desemprego, do Abono Salarial e, pelo menos quarenta por cento, ao financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico, esses últimos a cargo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
Fomos então pesquisar a data exata da criação do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) já que Serra diz que foi uma emenda sua que propiciou a criação do fundo. Está lá nos anais da Câmara. O FAT foi criado pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS). O projeto diz textualmente: “DISCIPLINA A CONCESSÃO DO SEGURO DESEMPREGO, NA FORMA QUE ESPECIFICA, E DETERMINA OUTRAS PROVIDÊNCIAS. NOVA EMENTA: REGULA O PROGRAMA DO SEGURO DESEMPREGO, O ABONO SALARIAL, INSTITUI O FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR – FAT, E DA OUTRAS PROVIDENCIAS”.
Como José Serra seguia insistindo em afirmar que foi ele o autor da lei que criou o FAT, fizemos então uma extensa pesquisa nos arquivos da Câmara dos Deputados da década de 80 e 90. Lá confirmamos que José Serra não está falando a verdade. Ele apresentou o projeto de lei nº 2.250, de 1989, com o objetivo de criar o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Foi apresentado em 1989. Portanto, não foi na Constituinte, como ele diz. O seu projeto tramitou na casa e foi considerado PREJUDICADO pelo plenário da Câmara dos Deputados na sessão do dia 13 de dezembro de 1989. O resultado da tramitação pode ser visto no link abaixo, da Câmara Federal: (www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=201454). Os deputados consideraram o projeto prejudicado pelo fato de já ter sido apresentado o PL 991/1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB). Ou seja, um ano antes de Serra já havia a proposta de criação do FAT.
Nem o FAT foi criado por Serra e nem o Seguro Desemprego “saiu do papel” por suas mãos, como afirma a sua propaganda. A campanha tucana sobre Serra ter criado o FAT e “vestir a camisa do trabalhador” está, portanto, toda ela baseada numa farsa e numa mentira.
Escrito por Sérgio Cruz/Hora do Povo