sábado, 5 de março de 2011

Olha eu aqui outra vez....


Meus amigos e amigas, há algum tempo não escrevia neste blog. Confesso a vocês que deixei um pouco de lado, não que eu desejasse, mas nos últimos meses assumir alguns compromissos que tomaram um certo tempo. Apesar de não ter publicado nada aqui eu escrevi para outros meios de comunicação. Aos poucos estarei compartilhando com vocês minhas opiniões e meus artigos.

Até breve - Robson Marques

Por que lutar

Por que lutar?
No final de setembro, milhões de pessoas foram as ruas na Europa para protestar contra medidas restritivas impostas pela União Européia, que reduziram direitos trabalhistas e previdenciários. Segundo os sindicatos europeus, a sociedade não pode pagar pelos erros dos banqueiros que causaram a crise de 2008.

No Brasil, as greves e mobilizações eram comuns, sobretudo na primeira parte do século passado. Através delas conquistamos direitos sagrados como salário mínimo, o décimo terceiro, férias remuneradas, previdência social e todos os outros que hoje fazem parte da nossa estrutura legal. Estes “direitos” só foram possíveis por causa de pessoas que dedicaram sua vida pela causa do trabalhador, como o nosso querido Clodsmith Riani.

Atualmente, poucas categorias praticam uma luta nacional e unificada como a categoria bancária. Entregamos nossa pauta de reivindicações em agosto, onde reivindicamos um melhor contrato de trabalho e um sistema financeiro mais justo e regulamentado. Até hoje só foi proposta a reposição da inflação, e por isso entramos em greve.

A maioria das negociações salariais de 2010 garantiu ganho real de até 5%, por isso consideramos que tal proposta é insuficiente. Também reivindicamos a ampliação do horário de funcionamento das agências com a contratação de mais funcionários, a redução dos juros e tarifas através da regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, mais segurança nas agências e o fim do assédio moral sobre os bancários. Nossa greve é consequência da indiferença dos banqueiros. Infelizmente, este é o único instrumento capaz de levá-los novamente a negociação.

A greve dos bancários não é apenas um simples movimento operário reivindicatório. Ela sinaliza para a população que é preciso lutar. Estamos diante de sérias ameaças, como a reforma na previdência, a reforma trabalhista e os constantes ataques aos aposentados. Para enfrentar estes e outros desafios impostos pelos governantes e pelo capital, defendemos que é necessária uma luta coletiva, independente, e a serviço do povo. Como diria Emilliano Zapata: “É melhor morrer de pé, do que viver de joelhos”.

Por Robson Marques

Guerreiras de ontem, hoje e sempre

Guerreiras de ontem, hoje e sempre

Há 154 anos na cidade de nova Iorque, nos Estados Unidos da América 129 operárias lutaram bravamente por ampliação de seus direitos, porém com sua rispidez característica a policia entrou em ação e como resultado todas foram queimadas covardemente dentro de seu local de trabalho. Entre suas reivindicações estavam a redução da carga horária de 14 para 10 horas diárias de trabalho e também o direito à licença-maternidade.
Esta data é mais que comemorativa, representa um marco histórico onde estas bravas mulheres deram uma lição de moral em toda a sociedade, lutaram até perderem suas vidas em defesa de seus direitos, mas fizeram história e não perderam a dignidade e são lembradas até hoje.

O dia 8 de março serve também para refletirmos o quanto ainda é preciso avançar na defesa dos direitos das mulheres, já que muitas ainda são mortas graças ao machismo impregnado na maioria da sociedade.

Recentemente foi sancionada pelo ex-presidente Lula uma lei conhecida como “Lei Maria da Penha” onde o agressor é punido severamente quanto pratica ação de violência contra a mulher, mas ainda é preciso uma conscientização da sociedade para que o respeito e a valorização do ser mulher seja pleno.

No fim do século dezenove, na Inglaterra, as mulheres ainda eram consideradas “seres” para exercer a função de fêmeas, onde o embelezamento e o cuidado com a família eram suas principais funções, hoje no Brasil temos a primeira mulher assumido o cargo de Presidenta, demonstrando que são capazes e dignas de assumirem posição de destaque aqui e no mundo.

Em nosso local de trabalho ainda se faz necessário muitas batalhas para que as mulheres possam alcançar um lugar de destaque. Nossa ultima campanha salarial onde o tema “Outro banco é preciso com pessoas em primeiro lugar” mandou um recado direto aos “donos do capital” que a Contraf/Cut, Sintraf/JF e seus outros sindicados filiados defendem a questão da inclusão social o respeito as adversidades e a valorização das mulheres em seu local de trabalho.

O caminho pelo reconhecimento, a busca de respeito à sua dignidade pessoal, social e profissional não é e nunca foi fácil, porém é preciso percorrê-lo. E nós do Sintraf-JF estamos dispostos a cumprir este desafio, em benefício de cada uma de vocês: mulheres guerreiras de ontem, hoje e sempre.

Por Robson Marques